sexta-feira, 7 de maio de 2021

Generoso Ponce retoma Cuiabá

 




População festeja vitória do comandante Ponce, em quadro de José Hidalgo



No dia 7 de maio de 1892 as tropas do batalhão patriótico Floriano Peixoto, sob o comando do coronel Generoso Ponce, após vários dias de combate nos arrebaldes, finalmente chegam ao centro, com força total, mas, encontrando resistência:


“De ambas as partes saiam tiros. Em poucos minutos o contínuo fogo vivo, sem tréguas de parte a parte, deixava fora de combate grande número de vítimas.¹

Ficando apenas um batalhão inimigo que entregou-se somente dois dias depois, com a renúncia do coronel Luis Benedito, que ocupava a chefia do governo, Ponce, na condição de 1° vice-presidente, assume a chefia do governo.²


Era o termo de um movimento sedicioso iniciado a 22 de janeiro, na cidade de Corumbá, arquitetado por militares e políticos ligados ao general Antônio Maria Coelho e sustentado pelo coronel José Barbosa, comandante do distrito militar do Estado.


A deposição do presidente Murtinho, a 1° de fevereiro, substituído por uma junta e depois pelo vice-presidente Luis Benedito, eleito em um pleito anulado, provocou a reação do principal líder político do Estado, coronel Generoso Ponce que organizou a resistência em todo o Estado.


No Sul, esteve à frente da resistência, o intendente de Nioaque, coronel Jango Mascarenhas, que tomou os quartéis de Nioaque e Miranda, impedindo o deslocamento de reforços aos rebelados de Corumbá.


Ponce permaneceu à frente do governo somente até a chegada de Manoel Murtinho, que reassumiu e o Estado voltou à normalidade, garantida nos próximos 8 anos, até o rompimento da aliança Ponce-Murtinho.




FONTE: ¹Miguel A. Palermo, NOIAQUE, Evolução política e revolução de Mato Grosso, Tribunal de Justiça, Campo Grande, 1992, página 84; ²Rubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembléia Legislativa, Cuiabá, 1972,página 64.

segunda-feira, 3 de maio de 2021

Censo da servidão: 7.064 é o número de escravos no Estado




Em sua mensagem à Assembleia Legislativa provincial em 3 de maio de 1876, o governador de Mato Grosso, Hermes da Fonseca, que na República chegou à Presidente do Brasil, após relatar os esforços do governo para indenizar proprietários de escravos que os libertarem, nos termos do decreto-lei 5135 de 13 de novembro de 1872, apresentou dados estatísticos mostrando uma população de 7.064 escravos no Estado de Mato Grosso. A maioria,mais de 15.000, está concentrada em Cuiabá. Nos demais municípios, há registro de escravos em Corumbá (179), Miranda (178) e Paranaíba (102), Poconé 460), São Luis de Cáceres (543), Diamantino (200) e Mato Grosso 30).

Na mensagem o governador dá conta de haver mandado a esses municípios, mais a quantia de pouco menos de 20 contos de réis para auxiliar na indenização para liberdade de negros escravos. Desse total, 3 contos de réis são da arrecadação de uma loteria extraída pelo governo, especialmente para esta finalidade.


FONTEMensagem do governo do Estado à Assembleia Legislativa provincial, Cuiabá, 1876, página 42.


bá, 1876, página 42.

sábado, 1 de maio de 2021

Instalada a alfândega de Corumbá






É instalada a 1° de maio de 1861, alfândega de Corumbá. Para a nova repartição foram nomeados os seguintes servidores: Inspetor - Antonio Honório Ferreira, 1° escriturário, servindo de ajudante- Cândido Martins dos Santos Viana Júnior, 2°s escriturários- José Ferreira de Barros e Crispim Ferreira de Oliveira, 1° conferente- Thomaz Deschamps de Montmorency, 2° conferente- Domingos Facundo de Castro Menezes, tesoureiro- Antonio Gaudie Ley, e porteiro- Severiano José Correa.   

Deixou de funcionar em 2 de janeiro de 1865, por causa da guerra com o Paraguai, retomando suas atividades em 20 de fevereiro de 1872. 


FONTE: Estevão de Mendonça, Datas matogrossenses, 2a. edição, Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 210. Jornal A Imprensa de Cuiabá, em 24 de março de 1861.

FOTO: reprodução do Album Graphico de Matto-Grosso, 1914.