Após dez horas de julgamento, o prefeito Alcides Bernal foi cassado pela Câmara Municipal de Campo Grande na noite de 12 de março de 2014.. Ele foi condenado nas nove denúncias, em todas elas com 23 votos favoráveis à perda do mandato, por conta de irregularidades em contratos firmados com as empresas Salute, Mega Serv e Jagás.
A Sessão de Julgamento que culminou na cassação do primeiro prefeito na história de Campo Grande começou por volta das 14h20, com a leitura da denúncia feita pelos empresários Luiz Pedro Guimarães e Raimundo Nonato. Por volta das 16h30, Bernal chegou à Câmara Municipal entre vaias e aplausos.
Em seguida, foi lida a defesa escrita apresentada pelo denunciado. Ao todo, nove vereadores utilizaram seus 15 minutos na Tribuna, após a leitura e, depois disso, Jesus de Oliveira Sobrinho, advogado de Bernal, e o próprio denunciado apresentaram suas alegações.
Votaram a favor da cassação os vereadores Vanderlei Cabeludo (PMDB), Carla Stephanini (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Mario Cesar (PMDB), Paulo Siufi (PMDB), Coringa (PSD), Chiquinho Telles (PSD), Delei Pinheiro (PSD), Flávio César (PTdoB), Eduardo Romero (PTdoB), Otávio Trad (PTdoB), Chocolate (PP), Dr. Jamal (PR), Grazielle Machado (PR), Professor João Rocha (PSDB), Professora Rose (PSDB), Alceu Bueno (PSL), Airton Saraiva (DEM), Gilmar da Cruz (PRB), Carlão (PSB), Juliana Zorzo (PSC), Elizeu Dionizio (SDD) e Engenheiro Edson (PTB) votaram contra. Zeca do PT, Alex do PT, Ayrton Araújo (PT), Cazuza (PP), Paulo Pedra (PDT) e Luiza Ribeiro (PPS) foram contrários.
Em 115 anos de município, Alcides Bernal foi o primeiro prefeito cassado pela câmara municipal em Campo Grande.Bernal foi substituído pelo vice-prefeito Gilmar Olarte, acusado de conspirar contra o mandato do prefeito e, por decisão judicial, retomou o cargo em 25 de agosto de 2015. Em 2016 candidato à reeleição não conseguiu chegar ao segundo turno.
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